Venlafaxina engorda? Entenda os efeitos e o que dizem os estudos

Venlafaxina é um antidepressivo usado para tratar depressão e ansiedade. Muita gente que começa o tratamento se pergunta sobre os efeitos colaterais, especialmente se pode engordar.

Mas olha, venlafaxina não garante ganho de peso; cada pessoa sente de um jeito.

Mulher sentada à mesa da cozinha, segurando um frasco de remédio e um copo d'água, com expressão pensativa.
Venlafaxina engorda? Entenda os efeitos e o que dizem os estudos

Alguns usuários dizem que ganharam peso. Outros notam perda ou nem sentem diferença.

Essas diferenças existem porque a venlafaxina pode mexer no apetite e no bem-estar. Isso acaba influenciando a alimentação, mas o remédio em si não engorda diretamente.

Entender como ela age no corpo pode ajudar a lidar com os efeitos. Vamos tentar esclarecer as dúvidas mais comuns sobre venlafaxina e peso, baseando tudo em estudos recentes.

Venlafaxina e sua relação com o peso corporal

A venlafaxina pode afetar o peso de formas bem diferentes em cada pessoa. Não existe garantia de aumento ou perda de peso, já que muitos fatores entram em jogo.

Abaixo, separei os pontos mais importantes sobre essa relação.

Existe realmente risco de ganho de peso?

Não dá pra afirmar que venlafaxina causa ganho de peso em todo mundo. Alguns pacientes notam aumento, mas não é regra.

Quando o aumento aparece, geralmente é leve e só depois de algumas semanas de uso contínuo. Curioso, né?

Por outro lado, tem gente que perde peso, principalmente no começo. Isso acontece porque o remédio pode diminuir o apetite temporariamente.

O risco de engordar ou emagrecer depende muito do corpo e das condições de cada pessoa.

Mecanismos pelos quais a venlafaxina pode influenciar o peso

A venlafaxina age como inibidor da recaptação de serotonina e norepinefrina (SNRI), mexendo nesses neurotransmissores no cérebro.

No início do tratamento, ela pode reduzir o apetite e causar perda de peso.

Depois de um tempo, conforme a ansiedade e depressão melhoram, o metabolismo pode mudar. Alguns usuários acabam ganhando um pouco de peso.

Quando a pessoa se sente melhor, pode comer mais ou gastar menos energia. Isso também entra na conta.

Tudo depende de como o corpo responde, da dose e do tempo de uso.

Diferenças individuais entre pacientes

Cada pessoa reage de um jeito à venlafaxina, principalmente quando o assunto é peso.

O metabolismo, a alimentação, a rotina de exercícios e a saúde geral mudam tudo.

Algumas pessoas perdem peso porque o apetite diminui. Outras ganham peso porque mudam o estilo de vida com a melhora emocional, ou por algum efeito colateral.

Por isso, vale a pena acompanhar o peso durante o tratamento. Assim, o médico pode ajustar a dose ou pensar em outro remédio, se necessário.

Comparação da venlafaxina com outros antidepressivos no ganho de peso

A venlafaxina tem um perfil de ganho de peso diferente quando comparada a outros antidepressivos. Alguns remédios aumentam o peso com mais frequência, mas a venlafaxina costuma ter impacto menor.

Isso vai depender do tipo do antidepressivo e de como cada paciente responde.

Diferenças com ISRS e outros tratamentos

Os ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina), como sertralina, escitalopram, fluoxetina, citalopram e paroxetina, costumam ter maior risco de ganho de peso.

Por exemplo, sertralina e paroxetina estão ligadas a aumento significativo de peso após seis meses.

Já a venlafaxina quase não aparece nos relatos de ganho de peso. Menos de 1% dos casos relatam isso, e muitas vezes a mudança está mais ligada à depressão do que ao remédio.

Entre os ISRS, a fluoxetina quase não mexe no peso. Paroxetina e escitalopram, por outro lado, têm mais chance de engordar.

O impacto no peso sempre varia de pessoa pra pessoa e de remédio pra remédio.

Comparação com desvenlafaxina e outros relacionados

A desvenlafaxina, conhecida como Pristiq, é bem parecida com a venlafaxina. Os efeitos colaterais são quase os mesmos.

Estudos mostram que o ganho de peso com desvenlafaxina é raro e, quando acontece, é discreto.

Se comparar com outros antidepressivos parecidos, tipo a duloxetina, venlafaxina e desvenlafaxina têm menos potencial pra engordar do que os ISRS.

Pra quem se preocupa com o peso, venlafaxina e desvenlafaxina podem ser boas opções. Claro, cada caso é um caso, e outros fatores também contam.

Efeitos adversos e considerações clínicas do tratamento com venlafaxina

Venlafaxina pode trazer efeitos adversos, que vão dos mais leves aos mais chatos. Os médicos precisam ficar de olho pra ajustar a dose ou, se for o caso, trocar o tratamento.

Principais efeitos colaterais

Os efeitos mais comuns são náuseas, tontura, dor de cabeça, boca seca e suor em excesso.

Alguns pacientes sentem insônia ou sonolência, mas isso costuma melhorar com o tempo.

Alterações no apetite aparecem com frequência. Às vezes a pessoa sente menos fome, às vezes mais, mas nem sempre isso leva a mudanças reais no peso.

Em doses altas, venlafaxina pode aumentar a pressão arterial. Quem tem problemas cardíacos ou hipertensão precisa de monitoramento.

Há relatos de aumento de colesterol em alguns casos, vale ficar atento.

Contraindicações e advertências importantes

Se você já teve alergia à venlafaxina ou a antidepressivos parecidos, melhor evitar.

Quem tem problema cardíaco grave deve avisar o médico antes de começar.

Pacientes com hipertensão precisam de cuidado extra, pois o remédio pode subir a pressão.

Usar cápsulas de liberação prolongada pede acompanhamento para acertar a dose e evitar efeitos ruins.

Grávidas ou mulheres amamentando precisam conversar com o médico sobre riscos. Não é legal parar o tratamento de repente, pois isso pode causar sintomas bem desagradáveis.

Riscos psiquiátricos e síndrome serotoninérgica

Durante o uso de venlafaxina, pode rolar piora do transtorno bipolar, levando a episódios maníacos. Por isso, pacientes com histórico psiquiátrico precisam de acompanhamento próximo.

Pensamentos suicidas e comportamento agressivo podem aparecer, especialmente no início ou quando mudam a dose. Familiares devem prestar atenção em qualquer mudança de comportamento.

A síndrome serotoninérgica é rara, mas séria. Ela pode acontecer se a venlafaxina for combinada com outros remédios que aumentam a serotonina.

Os sintomas incluem confusão, batimento cardíaco acelerado, tremores e suor intenso. Se isso acontecer, é caso de procurar um médico na hora.

Usos médicos e recomendações para pacientes em tratamento

Venlafaxina serve principalmente pra tratar depressão e transtornos de ansiedade. O acompanhamento médico é essencial pra garantir que o tratamento funcione e pra lidar com efeitos colaterais.

Indicações aprovadas da venlafaxina

Os médicos indicam venlafaxina para tratar depressão, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico.

Ela serve tanto pra sintomas leves quanto pra casos mais pesados.

Normalmente, o médico começa com uma dose baixa e pode aumentar até 225 mg por dia. Em casos de depressão grave, pode chegar a 375 mg.

Dá pra tomar de uma a três vezes ao dia, dependendo da fórmula, como o Venlafaxina Retard Stada.

Cuidados durante o tratamento e acompanhamento médico

Pacientes em tratamento com venlafaxina precisam ir a consultas regulares. O médico avalia como a medicação está funcionando e pode ajustar a dose se achar necessário.

É bom avisar sobre outros remédios que você está tomando para evitar interações inesperadas. Além disso, o médico fica de olho em sinais de efeitos adversos, como hiponatremia ou sintomas psiquiátricos.

Se aparecer qualquer reação diferente, principalmente mudanças de humor ou comportamento, vale avisar o médico logo. Só ele deve decidir quando interromper ou mudar o tratamento, já que mexer nisso por conta própria pode ser arriscado.